Há pouco estava eu, quase dormindo e ainda ouvindo o barulho da chuva que não dá trégua há dias, batendo na janela do meu quarto pensei em como é bom dormir assim. Escutando a chuva cair, numa cama limpa e aconchegante. Imediatamente lembrei, dos jornais que divulgam as enchentes neste Estado. Santa Catarina, mais uma vez é assolada pela água. E o inevitável acontece: lembranças !Há vinte anos o CEI onde trabalho desde que estou graduada,foi inundado, com um metro e meio de água, destruindo planos e muito mais. Depois que água escorreu lentamente, fomos tendo uma visão mais clara dos danos. No pátio externo, o portão arrastado , a grama e os parques tomados pelo lodo. Por dentro, as salas de nove turmas com centímetros de lama. Colchões, lençóis, edredons, cobertores tapetes, almofadas. Na cozinha os utensílios imundos, freezer virado e quilos de carne no meio da lama, geladeiras queimadas. Na coordenação documentos de todo o nosso mundo profissional com poucas possibilidades de recuperação. Os livros, todos folheados pagina por pagina. Pois secassem assim estariam todos perdidos. Os brinquedos mais resistentes em água sanitária e os outros, pro lixo. As flores, plantadas em atividade que envolveu todo o CEI, arrastadas e espalhadas por todo o pátio. O que restou colocado no lugar. Mas mal sabiamos que passaríamos por experiencia semelhante outras vezes ,apesar de não tão trágica. Um dia sw muita chuva, quando as crianças estavam no CEI os pais foram chamados com urgência. As crianças que os pais não conseguiram chegar a tempo foram levadas pelos bombeiros para outro CEI bem próximo,um pouco mais seguro. Os professores que ficaram, pulando o muro lateral, já que pelo portão de acesso já não era possível passar. Depois de disso tudo, muitos projetos, muito trabalho digno de aplauso. E a chuva, teimosa, nos põe a prova com mais uma enchente. As cabeças já não eram as mesmas. Lamentavelmente desta vez, a tragédia foi mais grave para as consciências mundanas, que envolvem e manipulam. Mas que nem sempre saem ilesas. Hoje, depois de alguns anos, a chuva intensa e a maré cheia trazem aquele velho sentimento, expectativa. Os arredores em estado de alerta, e nossos corações também. Mas os anos passaram e novas cabeças chegaram.
9 de setembro de 2011
Chuva Intensa
Há pouco estava eu, quase dormindo e ainda ouvindo o barulho da chuva que não dá trégua há dias, batendo na janela do meu quarto pensei em como é bom dormir assim. Escutando a chuva cair, numa cama limpa e aconchegante. Imediatamente lembrei, dos jornais que divulgam as enchentes neste Estado. Santa Catarina, mais uma vez é assolada pela água. E o inevitável acontece: lembranças !Há vinte anos o CEI onde trabalho desde que estou graduada,foi inundado, com um metro e meio de água, destruindo planos e muito mais. Depois que água escorreu lentamente, fomos tendo uma visão mais clara dos danos. No pátio externo, o portão arrastado , a grama e os parques tomados pelo lodo. Por dentro, as salas de nove turmas com centímetros de lama. Colchões, lençóis, edredons, cobertores tapetes, almofadas. Na cozinha os utensílios imundos, freezer virado e quilos de carne no meio da lama, geladeiras queimadas. Na coordenação documentos de todo o nosso mundo profissional com poucas possibilidades de recuperação. Os livros, todos folheados pagina por pagina. Pois secassem assim estariam todos perdidos. Os brinquedos mais resistentes em água sanitária e os outros, pro lixo. As flores, plantadas em atividade que envolveu todo o CEI, arrastadas e espalhadas por todo o pátio. O que restou colocado no lugar. Mas mal sabiamos que passaríamos por experiencia semelhante outras vezes ,apesar de não tão trágica. Um dia sw muita chuva, quando as crianças estavam no CEI os pais foram chamados com urgência. As crianças que os pais não conseguiram chegar a tempo foram levadas pelos bombeiros para outro CEI bem próximo,um pouco mais seguro. Os professores que ficaram, pulando o muro lateral, já que pelo portão de acesso já não era possível passar. Depois de disso tudo, muitos projetos, muito trabalho digno de aplauso. E a chuva, teimosa, nos põe a prova com mais uma enchente. As cabeças já não eram as mesmas. Lamentavelmente desta vez, a tragédia foi mais grave para as consciências mundanas, que envolvem e manipulam. Mas que nem sempre saem ilesas. Hoje, depois de alguns anos, a chuva intensa e a maré cheia trazem aquele velho sentimento, expectativa. Os arredores em estado de alerta, e nossos corações também. Mas os anos passaram e novas cabeças chegaram.
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